E não é que pisamos no tal do
futuro, ou pelo menos o futuro que o filme visualizava, ainda nos faltam carros
e skates voadores. Mas, cá estamos olhando os pequenos apocalipses de cada dia
com uma dose assustadora de compreensão e relativização. De algum modo nos acostumamos
com tanta incompreensão, fanatismo, fobias etc.. ou seja, estamos no futuro.
E: há a esperança de um ano
melhor, há os desejos de mudanças no plano pessoal, até a utopia de mudanças sérias
rumo ao sucesso. Há uma brisa de felicidade mantendo essa bandeira tremulando. Pois
é ano novo.
Já nesses primeiros dias do
ano tenho tentado me compreender, saber porquê as coisas que antes eram indispensáveis
agora tanto faz. Por que ando com uma lucidez anti artística. E cadê aquela vontade
de escrever coisas ao léu?
Talvez seja a falta da
bebida, pois tenho bebido menos, ou a falta de saudade, porque deixei de
esperar, ou, finalmente, a idade madura.
Se um quadro me representasse
agora seria o ultimo quadrinho daquela tirinha de Calvin & Haroldo, onde o
tigre insiste ao garoto pra que eles irem brincar, o que o garoto responde que
tem realmente que terminar a lição de
casa. Então o tigre se transforma realmente
num tigre de pelúcia. AH! A vida lúcida chega de surpresa, acaba com a farra da
fantasia, com o sabor do imaginado, muda os rumos da conversa e impõe um olhar
mais duro sobre o mundo. Se eu pudesse voltava, Ou, se realmente quisesse voltar ao mundo do faz-de-conta eu e Calvin voltavamos.
Porem, vejamos o que pode
sair desse poço profundo da realidade maturada.
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